Definir o quão bem-sucedida uma empresa é não é fácil. O significado de “sucesso” por si só já é bastante abstrato, dependendo de uma série de “poréns”. Dessa forma, pode-se concluir que é preciso fazer uma análise mais profunda dos elementos que compõem a organização e saber o que são indicadores financeiros é algo muito importante.
Superficialmente, é tentador concluir que uma empresa que apresenta um elevado número de vendas, por exemplo, é bem-sucedida. O que se esquece, nesse caso, é que é preciso analisar esses números em um contexto, considerando também outros dados como custos operacionais e lucro, dentre outros.
Eles dependem muito do que se quer descobrir, mas sempre vêm na forma de números. São o que chamamos de “indicadores financeiros” e servem para apresentar informações imprescindíveis sobre a saúde financeira de uma empresa.
Veja também: Como organizar financeiramente minha empresa?
Índice
Entenda o que são indicadores financeiros
De maneira bem simplificada, um indicador financeiro é um número obtido após algum tipo de cálculo. Nesse contexto, ele serve como uma ferramenta que permite aos gestores compreender situações e realizar análises de desempenho da organização.
Indicadores financeiros são necessários para qualquer negócio, independentemente de tamanho. É natural que aqueles maiores tenham cálculos mais complexos, mas o que muda é somente a escala, jamais o propósito. Em todos os casos, a sua importância é máxima.
Uma maneira simples de entender melhor o que são indicadores financeiros e como funcionam é falando sobre alguns dos principais tipos, como eles podem ser calculados e qual a sua função no contexto empresarial. Baseado nisso, reunimos os principais para você conhecer!
10 tipos de indicadores financeiros
Confira abaixo a seleção dos principais tipos de índices e para que cada um serve a fim de entender melhor o conceito e o que são indicadores financeiros.
1 – Fluxo de caixa
O fluxo de caixa é um dos indicadores mais simples de ser explicado, mas também um dos mais importantes.
Ele se refere ao montante recebido e gasto por uma empresa durante um período de tempo pré-definido, sendo um cálculo frequente aquele do fluxo de caixa diário.
2 – ROI
Também chamado de taxa de retorno, ROI é a sigla em inglês para “Return On Investment”.
Como o nome sugere, ele calcula a diferença entre valores investidos em um determinado projeto (a promoção do treinamento de colaboradores, por exemplo) e os resultados obtidos.
3 – Ponto de equilíbrio
O ponto de equilíbrio é o cálculo que permite aos gestores saberem quais valores são necessários para que a empresa se mantenha de pé.
Números maiores equivalem aos lucros, enquanto índices inferiores são o prejuízo. Aqui deve-se levar em conta todos os custos.
4 – Margem líquida
A margem líquida é o indicador que mais se aproxima de um resultado final. Por meio dele, são obtidos números que equivalem ao lucro total (em um período que pode ser mensal ou anual, por exemplo) obtido por uma organização após o pagamento de todas as dívidas.
5 – Custos fixos
Para uma empresa se manter em funcionamento, uma série de investimentos constantes devem ser feitos.
Pagamento de funcionários e fornecedores, contas de água e luz, pagamento de tributos… Todos esses são considerados “custos fixos” a serem calculados e entram na lista dos principais tipos.
6 – Custos variáveis
Diferentemente dos custos fixos — que se mantêm constantes enquanto a empresa estiver atuando —, os variáveis são aqueles que não possuem valores pré-determinados e se modificam (ou mesmo se extinguem) dependendo de diferentes fatores externos.
7 – Margem EBITDA
EBITDA é a sigla de “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization”, ou seja, o lucro de uma empresa antes do pagamento de tributos e outros valores.
Ele é obtido após o cálculo da margem bruta e é utilizado para definir qual será a margem líquida.
8 – Índice de cobertura de juros
O Índice de cobertura de juros é um indicador que trabalha em conjunto com a margem EBITDA. Ele lida com a capacidade de uma empresa em cumprir as obrigações fiscais e realizar o pagamento de dívidas, sendo essencial para medir a saúde financeira do negócio.
9 – Margem de contribuição
A margem de contribuição é uma das contas mais básicas entre os indicadores financeiros.
Ela define, individualmente, o quanto a venda de um produto ou prestação de um serviço irá gerar lucro após o cálculo de todos os custos associados à sua produção ou realização.
10 – Recebimento
É importante dizer que o faturamento e o recebimento são indicadores diferentes. Isso porque o primeiro considera também valores em haver, os quais, apesar de existirem, ainda não foram recebidos. É exatamente nesse contexto que o cálculo dos recebimentos surge.
Outros indicadores importantes incluem o ROE (Return On Equity), liquidez corrente, resultado operacional de caixa, geração de caixa, margem bruta, resultado operacional e líquido e o controle orçamentário. Todos eles têm seu espaço e são importantes.
Com base nos tipos acima, você conseguiu entender o que são indicadores financeiros?
Para finalizar, é muito importante falar que eles jamais devem ser considerados de maneira independente. São valiosos, sim, mas a sua importância está atrelada ao contexto, sendo necessário olhar o “todo” para que a visão seja acurada.
Dessa forma, o bom gestor sabe como extrair dos números calculados por outros colaboradores as informações que precisa. O objetivo final é propor estratégias em prol do crescimento contínuo da organização e de todos aqueles que fazem parte dela.
Ficou com mais alguma dúvida sobre o que são indicadores financeiros? Podemos ajudá-lo com uma consultoria completa para descobrir os principais índices do seu negócio. Fale com o nosso time!
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